segunda-feira, 2 de maio de 2011

Já sou mamãe!!! :)


Olá amigos e amigas, desculpa por não estar escrevendo novos post’s, mas é que meus anjinhos resolveram vir antes do tempo, nasceram dia 28/03 prematuros de 7 meses, estão na UTI Neonatal, e vão ficar lá por algum tempinho ainda, estou mais lá no hospital com eles do que em casa. Se DEUS quiser logo,logo estarão bem, saudáveis e fortes para vir para casa.

Um beijão a todos e logo volto a escrever e responder aos e-mails. Rezem pelos meus anjos (Leonardo e Filipe).

Os irmãos de pessoas com deficiência e seus sentimentos.

Um amplo repertório de sentimentos pode ser vivenciado intimamente ou externalizados através de diferentes linguagens pelos irmãos de pessoas com deficiência. Seu alvo é variável, abrangendo desde o próprio irmão, os pais, ela ou ele mesmo, as demais pessoas, o mundo enfim.

Estes sentimentos se alternam em intensidade, em significado e em sua motivação, exprimindo geralmente sua raiva, alegria, excitação, tristeza, medo, ciúmes, frustração, culpa e solidão. É claro que todas estas expressões da emoção também estão presentes na relação entre irnãos sem deficiência, no entanto, naquela situação há uma realidade a qual poderá no máximo ser amenizada, mas não modificada: a deficiência. A não ser que pensemos em intervenções com células-tronco para alguns casos.

Talvez, algumas pessoas pensem ser um exagero dizer que muitos irmãos de alguém com deficiência sintam raiva, mas inicialmente pelo menos esta é uma reação bastante comum. Eles podem enraivecer-se ou odiarem tanto a pessoa e sua deficiência quanto seus pais, os profissionais na sua opinião incapazes, a sociedade e Deus porque sentem-se desvalorizados, ignorados e colocados à margem da dinâmica familiar e dos acontecimentos. Esta raiva também pode surgir quando percebem que os pais ficam tempo demasiado com a pessoa com deficiência, abandonando-os; quando sua vida social e o lazer são restringidos em função da deficiência do seu irmão ou irmã; quando pressentem a injustiça na qual a família está envolvida, planejando diferentes e discrepantes expectativas para os filhos, ficando para um segundo ou qualquer outro plano que certamente será desviado ou perdido no tempo e no espaço.

A sensação ou a veracidade de sentir-se rejeitado pode levar o irmão de uma pessoa com deficiência a buscar na solidão e no isolamento o seu porto seguro, o seu oásis de sossego ou a sua ilha povoada por fantasmas. Há momentos e fatos que os levam a considerar seus amigos, outros membros da família, seus vizinhos e colegas como verdadeiras ameaças, constrangendo-se por terem um irmão com deficiência, por ele não ter atitudes e comportamentos adequados e socialmente aceitáveis, por ele utilizar equipamentos ou instrumentos de adaptação que chamam a atenção dos outros para a deficiência e para a família ou, simplesmente, porque seu irmão com deficiência poderá ser foco de piedade, de maltrato ou de rejeição quando apresentado a um colega, a um namorado ou a qualquer outra pessoa da sua rede social próxima ou distante.

A confusão é outro sentimento instalado facilmente na mente dos irmãos de alguém com deficiência, pois em determinadas circunstâncias perdem o referencial de sua função e dos papéis por eles exercidos: ora são irmãos, ora são cuidadores, ora são pais substitutos, ora não são nada e veem, a todo momento, prioridades e desigualdades de tratamento serem indisciplinadamente atribuídas e esbanjadas por seus próprios pais, pressionando os demais filhos para unirem-se a sua neurose de atendimento vip das necessidades nem sempre tão urgentes da pessoa com deficiência.

A carência informativa sobre a deficiência do irmão é outro fator importante para a sua confusão mental e emocional. Daí para o medo existe um breve intervalo, que parece ser transposto rapidamente em algumas situações. Eles podem recear e amedrontar-se realmente com a possibilidade ou com ahipótese de “pegar” ou desenvolver a deficiência do irmão sem nem mesmo terem sido alertados dela ser ou não genética, hereditária ou transmissível por alguma via. A preocupação escessiva com o futuro e a vulnerabilidade do seu irmão, da sua família e dele mesmo podem deixá-los literalmente congelados e sem ação, com medo inclusive de um dia terem filhos porque não desejam que estes passem pela condição de deficiência, por suas limitações, por suas implicações, por sua fragilidade à exposição aos abusos, violências e hostilidades.

Constantemente rejeitado, abandonado, relegado para outro patamar inferior, é natural que um irmão sem deficiência fique ressentido e enciumado quando ele já possuia a fragilidade emocional antes da chegada daquela pessoa ou não receba, nem mesmo de outros familiares e profissionais, o apoio e o suporte necessários para sua (re)estruturação psíquica. A percepção contínua de que não representa para ninguém naquele grupo familiar um ser com necessidade de atenção e de acolhimento, que rotineiramente é injustiçado com a irregularidade de humor e afeto dos pais e que não é lembrado ao longo das conversas ou presenteado com o mais insignificante sorriso de saudação por algum visitante pode desencadear no irmão da pessoa com deficiência uma verdadeira avalanche concentrada com o ciúme e com os demais sentimentos dele derivados.

Em cadeia e agindo cumulativamente, estes sentimentos reúnem-se fermentando outras emoções, exacerbando o estresse emocional, liberando energias nocivas à saúde mental, afetiva e social do irmão sem deficiência, sem resultarem necessariamente na construção sadia de uma relação pelo menos respeitosa. A culpa e a frustração constituem, nesta hora, sentimentos controladores e sinalizadores da presença do desequilíbrio e da possível devastação deste filho sem deficiência.

Sentindo-se como algoz ou como vítima de alguém já marcado pelo comprometimento motor, sensorial e mental, depois de breves vislumbres da sua situação ou de ouvir interminavelmente que deve agradecer por não estar na condição do seu irmão, a culpa passa a corroê-lo por ter sentido raiva, ressentimento ou o desejo da sua morte. Procura, então, na (auto)punição redimir-se, reprimindo-se e agindo submissa e servilmente a qualquer pedido ou necessidade do irmão afetado pela deficiência. No entanto, esta não é uma relação natural e espontânea, assim frustra-se e todo um ciclo reinicia-se.

É difícil precisar a qualidade, a intensidade e a origem dos sentimentos circulantes entre os irmãos quando a deficiência está presente. Foram, entretanto, identificados vários fatores que podem influenciar a manifestação de emoções e sentimentos negativos ao convívio adequado e saudável, tais como: gravidade da deficiência; idade e sexo da pessoa comprometida; tamanho da família; pressões exercidas pelos pais e profissionais quanto a alteração de papéis, funções e responsabilidades; situação financeira da família e despesas excessivas com a pessoa com deficiência; maltratos com o irmão sem deficiência pelos pais e pelo próprio irmão com deficiência.

Neste último fator, surge um alerta que deve ser considerado com alto grau de preocupação: os sentimentos destrutivos e doentios nem sempre tem a direção do irmão sem deficiência para aquele com deficiência. Ressentimentos, mágoas, ciúmes, inveja e hostilidade também podem acontecer por parte do irmão com deficiência por sentir-se desconfortável com a condição de seu irmão não apresentar comprometimentos, limitações e desvios posturais, motores, sensoriais ou mentais.

Sonia B. Hoffmann.

Post disponível no site : BENGALA LEGAL

Interação de pais e filhos portadores de Necessidades Educativas Especiais – Fases de aceitação Fernanda Azevedo Gomes | » Edit «


O nascimento de uma criança, para a maioria das famílias, é um momento de alegria, de orgulho, de reunião das pessoas queridas e de celebração da renovação da vida. Para outros, o nascimento de uma criança pode ser um momento de lágrimas, desespero confusão e medo. Pode vir a ser uma mudança radical no estilo de vida de todos os envolvidos, cheia de mistérios e problemas especiais.

Ao receber a notícia de que seu filho é especial existem várias reações que variam de casal para casal, mas em geral um sentimento de tristeza e de perda muito grande, perda do filho sadio e idealizado. A decepção frente ao nascimento deste filho não esperado será maior ou menos dependendo de:

Aceitação ou não da gestação, em caso de rejeição podem surgir sérios sentimentos de culpa;
Tipo de personalidade de cada um dos cônjuges, uns se isolam em sua tristeza e choro, outros gritam e esbravejam;
Relacionamento do casal anterior ao nascimento, se já não havia harmonia, a criança pode funcionar como um “bode expiatório”;
Nível de expectativa, quanto maior a expectativa, maior a decepção;
Grau de preconceito em relação aos portadores de deficiência, quanto maior o preconceito, maior será a dificuldade de relação com o filho;
Posição do filho na prole, quando este é o primeiro, pode haver medo de futuras gestações;
Tipo de relacionamento com a família estendida, quando não há uma boa relação pode haver falatórios, acusações e até rompimento;
A forma como a notícia é transmitida aos pais pode causar influência em sua forma de reagir. Na verdade, assim como ninguém está preparado para receber uma notícia “ruim”, também dificilmente alguém se prepara para dar essa notícia.


Questões perturbadoras como: “porque isso foi acontecer comigo?”, “poderei ser um bom pai (ou mãe) apesar da deficiência de meu filho?”, ”conseguirei suportar as pressões sociais?”. “Poderei custar a s despesas financeiras?”, “serei emocionalmente forte para enfrentar a situação?”, fazem parte do estágio de questionamento. Este estágio poderá ou não ser superado pelos pais, a maioria das perguntas que fazem a si mesmos não tem respostas específicas.

De todos os momentos que os pais passam, com a chegada de um filho “especial”, persiste o sentimento de “luto”, “perda” pelo filho esperado e que não veio.

O quadro a seguir, nos da uma idéia de seqüência desses estágios:



Possíveis estágios de ajustamento parental de um filho com NEE.


1)Choque: rejeição; incredibilidade.

a)Digressão à procura da cura.

b)Sentimentos de desinteresse, de perda, de espanto, de confusão.

2)Desorganização emocional:

a)Culpa;

b)Frustração;

c)Raiva;

d)Tristeza.

3)Organização emociona:

a)Adaptação;

b)Aceitação.






Algumas mães se sentem pessoalmente responsáveis pela condição que seu filho vem ao mundo. Culpam-se por não terem sido cuidadosas na gestação. Alguns pais também sentem vergonha, sentimento, esse, mais centrado nos outros do que a culpa. Aqui a preocupação é com as atitudes das outras pessoas. “O que as pessoas vão pensar? O que os outros vão dizer?”.

As pessoas que trazem ao mundo uma criança especial portadoras de alguma deficiência recebem um novo papel, tornando-se por extensão “pais especiais”, que com freqüência são forçados a olhar de modo mais profundo e avaliar as interações desse novo papel.

Cientistas analisam o cérebro de crianças para estudar dislexia


A dislexia é uma condição que, em termos gerais, dificulta a capacidade de interpretação de linguagem de uma pessoa. Erros como a troca de letras (“d” por “b”) ou números (“5” por “2”) são comuns para os que sofrem da doença.

Ela é também chamada de transtorno do desenvolvimento da leitura, pois o cérebro não reconhece ou processa símbolos corretamente. As crianças com esta condição podem achar a compreensão de leitura difícil porque não se conectam com as letras e sons, portanto não podem reconhecer bem as palavras.

Agora, cientistas fizeram progressos na compreensão do que acontece no cérebro de uma pessoa com dislexia, o que não é bem compreendido. Novas pesquisas sugerem que pode ser possível dizer a partir de uma varredura do cérebro se a habilidade de leitura de uma criança com dislexia irá melhorar ao longo de alguns anos.

As descobertas vêm junto com a tendência geral da medicina personalizada, em que testes genéticos, exames cerebrais e outros podem ajudar a prever cada vez mais as condições para as quais um determinado indivíduo está em risco.

Algumas crianças com o transtorno podem “compensar”, ou ler quase normalmente, mas talvez mais lentamente do que os outros, na idade adulta. É difícil saber quem será capaz de melhorar as habilidades de leitura ao longo do tempo, e quanta ajuda extra é necessária.

Um estudo com 25 crianças disléxicas e 20 crianças sem dislexia usou imagens cerebrais para responder a esta pergunta. Os pesquisadores encontraram uma maior ativação e conectividade no hemisfério direito do cérebro em crianças disléxicas que mostraram a maior melhoria em leitura após 2 anos e meio.

Em geral, grande parte da compreensão da linguagem que se passa no cérebro acontece no hemisfério esquerdo, mas há algum envolvimento do hemisfério direito também. O estudo sugere que pessoas com dislexia que passam a ler de forma razoavelmente normal estão usando uma parte do hemisfério direito em tarefas de leitura mais do que a pessoa média.

Se amplamente divulgada, este tipo de varredura do cérebro pode ser um complemento importante para as avaliações – com base na leitura e comportamento – já disponíveis para o diagnóstico de dislexia. Se a ressonância magnética se tornar mais útil e banal, o custo (hoje alto) por varredura diminuiria.

Especialistas dizem que a varredura pode fornecer informações úteis, mas não destaca os fatores ambientais, como a qualidade do ensino em sala de aula da criança, que possam contribuir para os problemas de leitura.

Além disso, os pais de crianças disléxicas lembram que é ruim deixá-las ansiosas com mais testes, que podem desanimá-las e piorar seu desconforto em relação a sua incapacidade.

De qualquer forma, os resultados da pesquisa são premiliares, e estudos com amostras maiores precisam ser feitos para confirmar padrões.

Outro estudo recente descobriu que alguns disléxicos podem ter uma maior compreensão do espaço, apesar de uma deficiência na linguagem.

A pesquisa envolveu 20 voluntários com dislexia e 21 participantes sem a condição, e testou como as pessoas identificam formas, navegam em um ambiente virtual, e realizam outras tarefas que envolvem raciocínio espacial. Os homens disléxicos tinham mais habilidades visuais-espaciais.

Os pesquisadores acreditam que isso é uma coisa boa: eles podem criar projetos, pois geralmente podem visualizar as coisas de forma muito clara. É uma habilidade que lhes dará muitas oportunidades.

Devido a isso, letras e números tridimensionais, talvez feitos de plástico ou de barro, podem ajudar uma criança disléxica a entender melhor as formas. Segurar um “7″ na mão vai ajudá-las a confundi-lo menos com um “V”.

A intervenção mais importante é um ensinamento direto e explícito da fonética, ou como os símbolos correspondem a sons. Os cientistas também dizem que quanto mais cedo a dislexia puder ser detectada, melhor.

A personalidade da criança, entretanto, também pesa. Alguns persistem, apesar da frustração, melhor do que outros. Os pais devem falar com psicólogos sobre o melhor plano de ação para o seu filho.

Quanto ao caso de adultos que não sabiam que tinham dislexia, é mais complicado. Uma pessoa que passou por essa situação fez um treinamento em um centro de desenvolvimento de aprendizagem aos 34 anos. Para ele, usar computadores para escrever ajudou tremendamente, especialmente a verificação ortográfica ou correção automática.



Publicado Por Natasha Romanzoti em 24.04.2011 as 12:17

no site: http://hypescience.com/cientistas-analisam-o-cerebro-de-criancas-para-estudar-dislexia/

Auxílio ao deficiente visual


Agência FAPESP – O governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, assinou na semana passada o decreto de lançamento do Programa Cão-Guia – uma iniciativa do governo estadual que, entre outras medidas, incluiu a construção na Universidade de São Paulo (USP) do Centro de Referência para o Cão-Guia.

O centro será administrado em parceria com a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da USP. O primeiro centro público do gênero no país tem o objetivo de criar e treinar cães-guia para pessoas com deficiência visual, além de também definir os parâmetros em relação ao uso de cão-guia e os métodos de treinamento do animal.

Inicialmente, deverá entregar 30 cães-guia por ano e possibilitará a criação na FMVZ de uma linha de pesquisa nessa área, visando formar veterinários com capacitação em criação e treinamento desse tipo de animal.

O prédio do centro, com projeto concebido pela Fundação para Pesquisa em Arquitetura e Ambiente (Fupam), entidade ligada à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, será construído em uma área de 600 metros quadrados, nas proximidades da FMVZ. Terá quatro andares e contará com áreas de canis, destinadas à permanência, tratamento e treinamento dos animais, com capacidade para até 92 cães, além de uma área técnica e de pesquisa.

A obra está orçada em R$ 2,5 milhões, e o prazo para entrega é de um ano, após o início das obras, que ainda depende das licitações.

O programa funcionará da seguinte forma: será selecionada uma família adotiva para cada filhote, que cuidará do cão por um ano, com todas as despesas fornecidas pelo Estado. Nesse período, os animais serão visitados periodicamente por membros do centro, que acompanharão seu desenvolvimento.

Passado o primeiro ano, os animais serão encaminhados ao centro de treinamento, onde passarão por adestramento específico para cães-guia de cegos, além de acompanhamento clínico feito por veterinários da FMVZ.

O período de treinamento terá duração de quatro a seis meses, dependendo da evolução do animal. Após o treinamento, os cães-guias serão encaminhados gratuitamente para pessoas com deficiência visual selecionadas pelo programa.

Mais informações: www4.usp.br/index.php/institucional/21220



Matéria publicada em: http://agencia.fapesp.br/13778

Música LEGAL para trabalhar o preconceito com as crianças!!

Você Vai Gostar de Mim

Tem gente que parece que só faz crescer…

Tem gente que é chamada de baxinho .

Eu sou diferente de você
Você é diferente de mim
Eu sou diferente de você
E mesmo assim,
Você vai gostar de mim…

Tem gente que não pode ver você
Tem gente que tem olho puxadinho
Tem gente que usa as mãos pra se mover
E tem quem mova mundo por mim…

Eu sou diferente de você
Você é diferente de mim
Eu sou diferente de você
E mesmo assim,
Você vai gostar de mim…

Tem gente tão fina que nem se vê
Tem sempre um que é o mais gordinho
Tem gente com degraus pra vencer
E só depende de um empurrãozinho…

Tem gente que vai e surpreender
Parece que a alegria não tem fim
Tem gente com encanto pra viver
É gente com o pó de pilim-pim-pim…

Eu sou diferente de você
Você é diferente de mim
Eu sou diferente de você
E mesmo assim,

Você vai gostar de mim…

AQUI = Vídeo música

Aprender com as Diferenças


Necessidades especiais
Romeu Kazumi Sassaki



Pergunta: Está certa a expressão: “Projeto de natação para deficientes”?

Resposta: Não. Em vez de “deficientes”, os termos corretos são: “pessoas com deficiência”, “crianças com deficiência” (e assim por diante, somente substituindo “pessoas” ou “crianças” por “adultos”, “professores”, “atletas”, “funcionários”, “trabalhadores” etc.).

Pergunta: É verdade que hoje devemos dizer “pessoas com necessidades especiais” em vez de “pessoas com deficiência”?

Resposta: Não. Os dois termos são corretos e devem ser utilizados, porém cada um no seu devido lugar. Não se trata de substituir um termo pelo outro. Quanto ao termo “necessidades especiais”, precisamos ter bem claro o seguinte:

1 - As necessidades especiais não são exclusivas de pessoas que têm deficiência. Mas, a deficiência pode ser uma das causas determinantes de necessidades especiais. Por exemplo:

(a) Se uma pessoa tem pernas mecânicas e utiliza bengalas, as calçadas esburacadas e os pisos derrapantes podem causar necessidade especial para esta pessoa circular por essas ruas sem correr risco de levar um tombo.

(b) Se uma pessoa anda em cadeira de rodas, os meio-fios sem rampa e as escadarias podem causar necessidade especial para esta pessoa locomover-se nessas ruas.

(c) Se uma pessoa é cega, a falta de livros em braile pode causar necessidade especial para esta pessoa tomar conhecimento de textos em geral.

(d) Se uma pessoa é surda, a ausência de alguém que domine o uso da língua de sinais pode causar necessidade especial para ela tomar conhecimento do que as outras pessoas estão falando.

(e) Se uma pessoa tem deficiência intelectual, as pessoas ao seu redor que usarem palavras difíceis ou conceitos abstratos podem causar necessidade especial para esta pessoa entender o que as outras estejam falando para ela.

(f) Se uma pessoa tem baixa visão, a falta de textos em letras ampliadas pode causar necessidade especial para esta pessoa poder lê-los.

2 - Muitas pessoas SEM deficiência também podem deparar-se com necessidades especiais. A propósito, cerca de 80% das pessoas com necessidades especiais não têm deficiência. Exemplos de pessoas sem deficiência que têm necessidades especiais: meninos tirados do trabalho infantil, meninas tiradas da prostituição infantil, indígenas frequentando escolas comuns, egressos de instituições reeducacionais, egressos de hospitais psiquiátricos, egressos de penitenciárias, pessoas homossexuais, pessoas com AIDS, pessoas com câncer e assim por diante.

3 - As necessidades especiais podem ser específicas. No ambiente escolar, chamam-se “necessidades educacionais especiais” (para ler, escrever, desenhar, pintar, entender textos etc.). No trabalho, chamam-se “necessidades profissionais especiais” (para manusear/manipular certos equipamentos e instrumentos/ferramentas etc.). No lazer, chamam-se “necessidades recreacionais especiais” (para brincar, curtir o lazer, fazer turismo etc.) e assim por diante.

4 - Uma pessoa pode apresentar necessidades especiais numa determinada situação e não ter necessidades especiais em outras situações. Por exemplo: uma pessoa com surdez pode ter necessidade especial em situações nas quais as outras pessoas não sabem se comunicar com surdos e não ter necessidade especial nenhuma quando ela está no meio de pessoas que usam Libras. Uma pessoa em cadeira de rodas pode ter necessidade especial para subir/descer escadas e não ter necessidade especial nenhuma para usar elevadores.

5 – Não existe um segmento populacional composto por pessoas com necessidades especiais. O que existe é o segmento das pessoas com deficiência. Não podemos utilizar o termo “pessoas com necessidades especiais” como se estas pessoas formassem um segmento. Podemos, sim, utilizá-lo para especificar um aspecto (necessidade especial) na vida de muita gente, como exemplifiquei no item 2. Então, é perfeitamente aceitável que alguém faça uma pesquisa sobre “necessidades especiais de alunos indígenas”, “necessidades especiais de egressos de penitenciárias”, “necessidades especiais de alunos com síndrome de Down”, “necessidades especiais de atletas cegos em competições de natação” e assim por diante.

Artigo do site: http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=1889

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