domingo, 12 de julho de 2009

Transtorno de aprendizagem


Educadores, médicos e psicólogos trocam informações sobre os atuais distúrbios em crianças e jovens.



Muitos contribuem para se compreender aspectos novos dos denominados transtornos de aprendizado, que devem ser levados em conta para auxiliar crianças e jovens em seu percurso escolar.O primeiro passo, de acordo com os especialistas, é a mudança de paradigma para que indivíduos com estes transtornos recebam intervenção adequada. É importante esclarecer pais e educadores do tipo de problema em questão e como conduzi-lo de modo a serem tratados o mais cedo possível.Punição injustaAlém da dislexia (dificuldade na área da leitura, escrita e soletração) é bastante comum a discalculia (incapacidade de compreender e manipular números) e a disgrafia (alteração da escrita). Médicos psiquiatras, neurologistas e demais profissionais de saúde também descrevem como frequentes os transtornos secundários do aprendizado, como o apego reativo, a ansiedade de separação e a oposição à autoridade. As pesquisas indicam que os transtornos do aprendizado e os transtornos psiconeurofuncionais atingem hoje cerca de 40% da população brasileira em idade escolar. O índice é elevado, sendo que os problemas citados acima, segundo a psicopedadoga Ana Silvia Figueiral, muitas vezes levam a criança a uma punição injusta, desmotivando-a ainda mais para continuar seus estudos e a frequentar a escola.As dificuldades não ficam somente nestes distúrbios. Pais e educadores estão tendo dificuldade em lidar com o déficit de atenção, com ou sem hiperatividade, que atinge cerca de 6% das crianças em idade escolar. Tal distúrbio resulta em situações dramáticas para o portador e pessoas mais próximas que não imaginam haver tratamento, rotulando a criança ou jovem de problemático, sem educação e preguiçoso.As principais características do TDA e TDAH são a fácil distração e a impulsividade, acrescidas ou não da hiperatividade. As crianças portadoras do TDAH podem mostrar-se tranquilas ou inquietas, mas invariavelmente sofrem com a dificuldade de concentração, que atrapalha a aprendizagem e é visível nas notas finais.“Um transtorno de aprendizado não tratado é um dos principais motivos para a defasagem escolar. A partir desse ponto, o jovem fica inclinado a seguir o caminho do abandono, o que leva muito ao uso de drogas, à violência e à marginalidade”, alerta Wimer Bottura Júnior, que observa ser importante uma atuação integrada entre educadores, psicólogos, psicopedagogos e médicos para aliar esforços e ajudar esses estudantes, antes desses transtornos do aprendizado se transformarem em problemas bem maiores.Dr. Wimer Bottura Júnior, presidente do Comitê Multidisciplinar de Adolescência da Associação Paulista de Medicina, informa que uma série de conferências para esclarecer profissionais de saúde, educadores, pais e leigos sobre a problemática dos transtornos de aprendizado está sendo realizada desde o último dia 22, no sentido de atualizar cientificamente a população.´O objetivo dos encontros é levar aos lugares mais distantes informações atualizadas sobre o tema, de forma a facilitar o diagnóstico e proporcionar um aumento no número de casos tratados´. O psiquiatra se fundamenta em pesquisas recentes para mostrar a importância desta iniciativa, a qual levou a equipe da APM a considerar que os jovens, antes de caírem na marginalidade, nas drogas e na violência, sinalizavam antes com transtornos no aprendizado.A situação tende a se complicar, somando às primeiras dificuldades, a punição, castigo e humilhação desse grupo pelos pais e educadores, o que reduz muito sua auto-estima e dificulta sua persistência em estudar. Com as dificuldades e críticas, o menino ou menina que sentava na primeira fila, diz Bottura Jr., ´vai para a última fila, saindo depois da sala de aula e logo escapa da própria escola. Esta situação precisa ser revertida antes que isto aconteça´, conclui.


ROSE MARY BEZERRA

RedatoraFonte: Diario on line

2 comentários:

Unknown disse...

Tenho um filho de 9 anos com sd ele é lindo! é meu tesourinho! porem ele fala muito pouco,enrola muito a lingua quando quer falar.Gostaria de saber se vç poderia me ajudar com algumas orientações fisicas e para dicção,eu irei aguardar seu retorno,bjsss.Deus abençoe ricamente sua vida e família.

Anônimo disse...

Silvano, manda seu e-mail para que eu possa orientá-lo.

O correto é encaminha-lo para uma fonoaudiólodga, se é que ele ja não frequente, pois ela vai desenvolver todo trabalho de linguagem e dicção com ele!

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