Inclusão implica em tirar as pessoas de quem não quer largar e entregá-las para quem não quer receber. Eugênia Fávero
Sempre falo que é próprio da natureza humana procurar culpados pelos males que nos afligem. Não é diferente no movimento inclusivo que tende sempre a uma simplificação ao apontar o dedo na direção de um culpado.
Afinal, a quem é que interessa a sociedade excludente em que vivemos? Por que será que tantos não têm interesse na inclusão de todos.
Não interessa à famílias, afinal é mais cômodo encontrar um lugar onde possam largar os filhos para que alguém tome conta e esse comportamento não depende de classe social, a diferença apenas é que os ricos pagam para alguém cuidar e os pobres esperam que isso venha do pai governo (como vem a "aposentadoria" das pessoas com deficiência que faz com que muitos pais não queiram, de forma alguma, que os filhos sejam autônomos, sob pena de perder essa renda).
Não interessa aos educadores. Inclusão implica em mudança de atitude. É um desafio à competência de escolas e de professores. E sempre é mais fácil dizer que as dificuldades são de aprendizagem...
Não interessa aos "especialistas" da deficiência. Além de colocar em risco seu faturamento, ainda coloca em xeque sua autoridade "divina" de definir o destino das pessoas.
Não interessa à classe política que vive de currais eleitorais baseados em tipo de deficiências ou em instituições assistencialistas.
Na verdade, só interessa às próprias pessoas com deficiência que, através dos diversos níveis de educação podem chegar à autonomia e à vida independente.
Mesmo esses, assim como passarinhos que nascem em gaiolas e acham que a felicidade é ter alpiste suficiente, são abafados pelo status quo que trabalha fortemente para que eles não tenham consciência disso e se satisfaçam com um punhado de privilégios, aos quais dão o nome de "conquistas".
Na próxima vez que você se sentir tentado a apontar o dedo em direção aqueles que você considera os bruxos da exclusão, pense um pouco se o seu comportamento não faz parte do mesmo clube.
Afinal, a quem é que interessa a sociedade excludente em que vivemos? Por que será que tantos não têm interesse na inclusão de todos.
Não interessa à famílias, afinal é mais cômodo encontrar um lugar onde possam largar os filhos para que alguém tome conta e esse comportamento não depende de classe social, a diferença apenas é que os ricos pagam para alguém cuidar e os pobres esperam que isso venha do pai governo (como vem a "aposentadoria" das pessoas com deficiência que faz com que muitos pais não queiram, de forma alguma, que os filhos sejam autônomos, sob pena de perder essa renda).
Não interessa aos educadores. Inclusão implica em mudança de atitude. É um desafio à competência de escolas e de professores. E sempre é mais fácil dizer que as dificuldades são de aprendizagem...
Não interessa aos "especialistas" da deficiência. Além de colocar em risco seu faturamento, ainda coloca em xeque sua autoridade "divina" de definir o destino das pessoas.
Não interessa à classe política que vive de currais eleitorais baseados em tipo de deficiências ou em instituições assistencialistas.
Na verdade, só interessa às próprias pessoas com deficiência que, através dos diversos níveis de educação podem chegar à autonomia e à vida independente.
Mesmo esses, assim como passarinhos que nascem em gaiolas e acham que a felicidade é ter alpiste suficiente, são abafados pelo status quo que trabalha fortemente para que eles não tenham consciência disso e se satisfaçam com um punhado de privilégios, aos quais dão o nome de "conquistas".
Na próxima vez que você se sentir tentado a apontar o dedo em direção aqueles que você considera os bruxos da exclusão, pense um pouco se o seu comportamento não faz parte do mesmo clube.
Descrição da imagem : quadro retratando a execução de uma suposta bruxa na fogueira
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